Maria Emília Madeira Santos:

Em busca dos sítios do poder na África Central Ocidental: Homens e caminhos, exércitos e estradas (1483-1915)

 

Maria Emília Madeira Santos

As iniciativas de estabelecer relações regulares, a partir do litoral, com chefes africanos sedeados no interior, pode dizer-se que se iniciaram no séc. XV e terminaram no início do século XX. As comunicações entre espaços políticos, económicos e culturais diferentes implicavam a relação directa com os poderes africanos, quer com os mais fortes e quase sempre resguardados a grandes distâncias quer com pequenos potentados cujos territórios condicionavam o acesso aos primeiros.

Quando os portugueses chegaram a Angola (1483) a primeira iniciativa que tomaram foi a de contactar directamente a Banza Congo. A Corte do potentado mais forte de que tiveram noticia na costa. Ali foram conduzidos por delegados do Soio que mantinha comunicação regular com o suserano.

Na segunda viagem (1485) os próprios navios de Diogo Cão subiram o Zaire conduzidos por pilotos locais treinados, cedidos necessariamente pelo chefe da foz do rio.

De qualquer modo foi um enorme risco, só justificável pelo objectivo primordial de contactar, directamente no seu território, o poder político da área.

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