Ana Paula Tavares :

A escrita em Angola.
Comunicação e ruído entre as diferentes sociedades em presença

Ana Paula Tavares

Estabelecida em recentes trabalhos a importância da escrita como fonte, impõe-se seguir-lhe os percursos e aceitar como hipótese que as áreas de influência do exercício desta actividade se afastaram muito de Luanda e de outras regiões tradicionalmente consideradas.
O conhecimento sobre certas sociedades do interior de Angola disponível, em Luanda e em Lisboa, atesta que a informação circulou em todos os sentidos. As sociedades africanas receberam e responderam as cartas e outro tipo de documentação quer num quadro mais institucional e rigorosamente protocolar, quer num quadro mais aberto à esfera dos quotidianos. Com maior ou menor frequência tal situação ocorreu muito antes do final do século XIX.
A comunicação tendo como suporte o documento escrito fez-se assim num longo período de tempo implicando uma complexa mobilização de profissionais e saberes.
Desse facto procuramos ocupar-nos tomando como exemplo as relações entre Luanda e a Lunda nos primórdios do século XIX.


 

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