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Estabelecida
em recentes trabalhos a importância da escrita como fonte, impõe-se
seguir-lhe os percursos e aceitar como hipótese que as áreas
de influência do exercício desta actividade se afastaram
muito de Luanda e de outras regiões tradicionalmente consideradas.
O conhecimento sobre certas sociedades do interior de Angola disponível,
em Luanda e em Lisboa, atesta que a informação circulou
em todos os sentidos. As sociedades africanas receberam e responderam
as cartas e outro tipo de documentação quer num quadro
mais institucional e rigorosamente protocolar, quer num quadro mais
aberto à esfera dos quotidianos. Com maior ou menor frequência
tal situação ocorreu muito antes do final do século
XIX.
A comunicação tendo como suporte o documento escrito fez-se
assim num longo período de tempo implicando uma complexa mobilização
de profissionais e saberes.
Desse facto procuramos ocupar-nos tomando como exemplo as relações
entre Luanda e a Lunda nos primórdios do século XIX.
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